1.-
O que seraˇ, que seraˇ?
Que andam suspirando palas alcovas?
Que andam sussurrando em versos e trovas?
Que andam combinando no brau das tocas?
Que anda nas cabeas, anda nas bocas?
Que andam ascendendo velas nos becos?
Que estaŁo falando alto palos botecos?
E gritam nos mercados que com certeza
Estaˇ na natureza.
Seraˇ, que seraˇ.
O que naŁo certeza, nem nunca teraˇ?
O que naŁo tem conserto, nem nunca teraˇ?
O que naŁo tem tamanho?
2.-
O que seraˇ, que seraˇ?
Que vive nas idaias desses amantes?
Que cantam os poetas mais delirantes?
Que juram os profetas embriagados?
Que estaˇ na romaraa dos mutilados?
Que estaˇ na fantasaa dos infelizes?
Que estaˇ no daa a daa das meretrizes?
No plano dos bandidos, dos desvalidos?
Em todos os sentidos.
Seraˇ, que seraˇ.
O que naŁo tem descancia, nem nunca teraˇ?
O que naŁo tem censura, nem nunca teraˇ?
O que naŁo faz sentido?
3.-
O que seraˇ, que seraˇ?
Que todos os avisos naŁo vaŁo evitar?
Por que todos os risos vaŁo desafiar?
Por que todos os sinos iraŁo repicar?
Por que todos os hinos iraŁo consagrar?
E todos os meninos vaŁo desembestar?
E todos os destinos iraŁo se encontrar?
E mesmo o Padre Eterno,
Que nunca foi laˇ,
Olhando aquele inferno
Vai abensoar
O que naŁo tem governo, nem nunca teraˇ?
O que nao tem vergonha, nem nunca teraˇ.?
O que naŁo tem juazo?
La la la la laÂ…Â…..
Repete 3
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