Grndola Vila Morena - Afonso Zeca



Gasto era perfeito

Conduzido por seu dono

Em sanolncias afeito

s picadas dos mosquitos

Era Gasto milionrio

Vivia em tapetes raros

Se lhe viravam as costas

Chamava logo a polcia

Em crises de malquerncia

Vinha-lhe o gosto pela soda

Mas ningum se abespinhava

Que enviuvasse s ocultas

Nem Gasto se apercebia

De quanto a vida o prendara

Entre estiletes de prata

E colchas de seda fina

Gasto era deste jeito

Fazia provas reais

Gasto era um parapeito

De Papas e Cardeais

Vinha-lhe s por fastio

Nos tiquetaques da vida

Um solene desfastio

Pela me que era entrevada

Mandava bombons recados

Por mensageiros aflitos

No fora Gasto dos fracos

E j seria ministro

Conheci-o em Alverca

Num bidon de gasolina

Tinha um pneu s avessas

Mas de asma que sofria

Nos solestcios de Junho

A quem o quisesse ouvir

Dizia que era sobrinho

Do Ferno Peres de Trava

Querem saber de Gasto?

Vo ao Palcio da Pena

Usa agora capachinho

E gosta de codornizes

Tem um sinal que o indica

Como o mais forte Doutor

Espeta o dedo no queixo

E diz que Nosso Senhor



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